Rejeição a gravidez e outras ameaças à sobrevivência

Quando definimos a função mental subconsciente informamos que a mesma:

a) Move o corpo;

b) Move sentimentos e emoções;

c) Move a realidade;

Conforme as grandes verdades herméticas:

“Nada acontece na vida do indivíduo sem antes ter sido programado em seu subconsciente.” Grisa (2000, p. 39)

Como é encima é em baixo

Como é em baixo, é encima

Como é fora, é por dentro

Como é dentro, é por fora

É a lei da criação, ela é expressada de diversas formas:

O que se expressa no interior, torna-se sempre realidade. O seu interior expulsa os sentimentos e emoções do interior e os coloca no mundo físico, construindo o que chamamos “realidade”.

Esta é uma lei que funciona sempre, e nos ajuda a entender os processos de criação da vida factual na análise das dificuldades vivenciadas pelo indivíduo, indicando claramente que para conseguir resultados na vida devemos sentir no nosso interior uma realidade diferente e positiva que se projeta para fora.

Não há energia maior que a força criadora do subconsciente.

Não existe acaso ou azar, o que se cria na mente, tornase realidade, cada um dos fatos da vida foi criado por programações subconscientes que podem ter sido adquiridas da família ou dos próprios eventos de vida.

O ato da criação abre inúmeras possibilidades, e conforme vimos no processo psíquico o que está no subconsciente quando se alinha com o consciente produz o poder extra e o resultado inevitável.

No momento da fecundação começa a história particular de cada um, o ser em formação compartilha o subconsciente da mãe e de acordo com as programações dela (que também são dele) produzirá resultados na vida desde o primeiro momento.

Durante a gestação a mais forte ameaça é a rejeição a gravidez vivenciada pela mãe, seguida pelas ameaças reais tais como acidentes, doenças, oposições, dificuldades econômicas. A falta de apoio na tarefa de viver por parte da mãe, resulta numa falta de proteção muito forte, em consequência o ser se sente inseguro.

Lembrar que a missão do subconsciente é proteger e vida, e para que isto seja uma realidade, deve zelar pela sobrevivência.

Ao longo da história da raça humana a sobrevivência do ser humano esteve marcada pela necessidade de agrupamento em famílias e aldeias. Considerava-se que um filho era uma benção, um braço a mais na dura tarefa da sobrevivência. A mãe ficar incomodada por uma gravidez ocorria somente nos casos de mãe solteira, doente ou malcasada.

Hoje o planeta tem superpopulação, os alimentos podem escassear a qualquer crise e o trabalho braçal foi substituído pelo trabalho mecânico. O filho deixou de vir com o pão embaixo do braço. A mulher triplicou seu envolvimento em tarefas de subsistência e faz planos independentes em prol da libertação feminina e a sua própria projeção individual.

A consequência disso tudo é que a rejeição a gravidez aumentou a escala global, ter filhos hoje já não é uma tarefa agradável que contribua para a sobrevivência da espécie; ter filho hoje chega a ser uma ameaça.

Lembrando que a função mental subconsciente move o corpo, move sentimentos e emoções, e move a vida factual, podemos prever as reações da pessoa que está sendo gerada numa certa situação de rejeição a gravidez.

[...] produzindo comportamentos, reações e acontecimentos os mais variados, em três áreas:

a) Orgânica - quando interfere no próprio organismo;

b) Afetivo-emocional – interferindo na programação de sentimentos e emoções.

c) Factual – interferindo sobre os fatos, os acontecimentos e o destino do sujeito. (GRISA, 2000, p. 121)

Toda rejeição de gravidez é uma ameaça de morte, uma rejeição vital, que sabota toda perspectiva de futuro. O feto já no primeiro dia de gravidez reage como um ser vivo. Ante as ameaças resiste e se amedronta desejando viver e desfrutar de proteção. Se a mãe está com dificuldades, o feto sabe que fora do útero materno ele não tem chance de vida.

A rejeição a gravidez revela as inseguranças da mãe gestante, a sua intensidade vai marcar a vida do futuro bebê, pois as emoções deixam marcas no equilíbrio químico e emocional.

Essas marcas vão ser novamente ativadas em algum momento da vida quando o ambiente externo apresente algum tipo de ameaça.

O susto, o temor, o medo vivenciado pelo ser humano em formação durante a gestação, transforma-se em insegurança, sensação de fragilidade diante da vida.

O medo de perder o filho, como numa ameaça de aborto, programa para ele uma tendência a estados depressivos ou a própria depressão. Ameaça de aborto, é ameaça de morte, é insegurança profunda diante do que poderá acontecer, insegurança extrema diante do vir-a-ser. (GRISA, 2000, p. 40)

Para finalizar a análise sobre a rejeição a gravidez, deve-se lembrar que a função mental subconsciente que busca sempre a proteção da vida, no seu automatismo produz resultados que em muitas ocasiões não correspondem aos reais desejos dos envolvidos na gestação da nova vida.

O importante não é o que se deseja, e sim o que se sente. Nenhuma mãe deseja matar o filho em desenvolvimento, mãe deseja que tudo dê certo.

Mas na realidade a função mental subconsciente expressa no exterior o que já e no interior, por isso, o que a mãe SENTE é o que realmente programa a nova vida.

Em resumo, qualquer evento que possa se tornar ameaça a continuidade da gravidez, traz tendência a depressão; pois a mãe preocupada não faz planos para o futuro do filho, e ele tem dificuldades em vislumbrar um futuro que seja melhor do que o agora.

DEPRESSÃO É PROTEÇÃO DA MENTE SUBCONSCIENTE CONTRA OS PERIGOS DA VIDA, É INSEGURANÇA DIANTE DO FUTURO, AUSÊNCIA DE MOTIVOS PARA VIVER,

Chegamos à conclusão de que na perspectiva robótica da função mental subconsciente, a ativação de programas subconscientes já é uma realidade na vida de quem enfrentou essas dificuldades.

Mãe, desvende os segredos entrelaçados nos fios da vida, compreendendo a poesia única da rejeição à gravidez. Neste palco da existência, cada nota melancólica é uma oportunidade para uma sinfonia de compreensão.

Aprender sobre essa jornada delicada não apenas enriquece seu próprio enredo, mas também abre as páginas de compaixão para aqueles que, talvez, sentiram-se rejeitados no útero materno. Descubra a importância de desvendar essa história, como uma bússola que orienta a jornada da aceitação e cura.

Junte-se a mim nesta dança emocional, onde a compreensão se transforma em abraço e a aceitação floresce como um jardim de resiliência. Convido você a marcar uma consulta, a mergulhar profundamente nessa narrativa, trazendo luz às sombras e tecendo um manto de amor e entendimento. A história está esperando para ser contada, e a sua compreensão pode ser a chave para um capítulo de transformação.