PROGRAMAÇÕES CULTURAIS MILENARES

Como a suas origens étnicas impactam sua personalidade

Programação é o ato ou efeito de programar, plano ou conjunto de programas ou planos. Dizemos então que existem programas dentro do nosso subconsciente, que traçam um plano, um caminho para nossa vida.

É importante conhecer este plano para efetivamente ter o controle.

Programações Culturais Milenares e sua influência na estruturação da personalidade.

Vamos definir em primeiro lugar o que é personalidade.

Personalidade: é o conjunto organizado de todas as qualidades do indivíduo.

É a integração de vários fatores como filosofia, morfologia, aptidões, necessidades, temperamentos, atitudes, interesses.

É o conjunto de características afetivas, motóricas, de conhecimento e físicas de um indivíduo.

Já sabemos “o subconsciente, depois de programado, age a reage segundo suas programações, sem questionar se os resultados são negativos ou positivos”.

Essa programação é motivada por “elementos de formação da personalidade” que constituem e estruturam o modo de ser do indivíduo.

Em consequência, todas as programações de nossos ancestrais estão profundamente registradas em nosso subconsciente, estruturando nossa forma de ser. E o estudo das mesmas vai clarear várias tendências.

Estas programações marcam profundamente nosso comportamento e determinam importantes tendências da personalidade.

A sobrevivência nas Civilizações Milenares e seus reflexos na estruturação da personalidade.

O princípio mais forte que se aplica a todo ser vivo com força de lei é o da sobrevivência, qualquer acontecimento, de forma real ou imaginária que signifique perigo de morte deixa profundas marcas no subconsciente, o qual passa a reter informações que provocam o permanecer alerta para evitar surpresas desagradáveis.

Civilizações Milenares no espaço: encontramos aqui, dois grupos que foram afetados por estes eventos de forma diferente.

Civilização da abundância e Civilização da Carência.

Programações Culturais Milenares no tempo: temos aqui um típico exemplo de passagem no tempo, nossos antepassados vivenciaram uma realidade que sabemos hoje ser diferente.

Era dos músculos e Era Tecnológica.

CIVILIZAÇÃO DA CARÊNCIA

Os povos de clima frio da Europa, Ásia e América do Norte, os filhos do deserto e das montanhas, e os Judeus; fazem parte do que chamamos a civilização da carência.

Com um clima bem definido, com uma estação fria de seis meses, com enormes dificuldades para conseguir alimentos, precisando estoca-los para que não falte. Precisando de roupas e moradias confortáveis. Os povos da civilização de carência tem consciência de que sem trabalho não há sobrevivência, para eles a fábula da cigarra e a formiga é uma realidade, e as consequências são mortais.

Eles também convivem de forma permanente com ameaças ao espaço,guerras, perseguições, secas, pragas, tempestades, etc. Vemos então que a sua sobrevivência está sob ameaça. Manifestam sua paranormalidade com os fenômenos de Psicocinesia.

Precisam definir seus territórios, o que é meu, e muito importante; seja da família, do grupo, da cidade ou do estado. O sentido de comunidade é adquirido pela necessidade de fazer frente ao inimigo exterior e pela necessidade da sobrevivência como grupo.

Assim, vivem enfrentando o fantasma do “vai faltar”, e aprendem a guardar e beneficiar alimentos.

As pessoas que vem da civilização da carência devem aprender:

A utilizar o consciente para atualizar o subconsciente e viver de acordo com a realidade atual, visto que hoje em dia não há falta de alimentos, precisam aprender a buscar o equilíbrio e a harmonia, serem donos de seus bens e não escravos deles, saber que é preciso “ter para viver bem” e não “viver só para ter bens”.

CIVILIZAÇÃO DA ABUNDÂNCIA

Nos dias de hoje, 200 milhões de indivíduos, vivem nas florestas tropicais (América do Sul, Filipinas, Nova Guiné, Borneu). Conseguindo seu sustento diretamente na fonte, auxiliados por uma natureza que prove todo o necessário para a subsistência.

Alimentos fartos, frescos e nutritivos a disposição ao pé da planta, animais para consumo disponíveis para a caça e pesca; sem preocupações com moradias, visto que uma simples cabana rústica fornece o abrigo necessário.

Embora estes povos são sujeitos a lei da evolução, sempre é mais urgente saciar a fome que ser feliz, uma vez saciada a fome, pode-se descansar. Assim, imaginação e criatividade tornam-se mais ativas e a evolução vai por esses caminhos. Se não houver uma motivação significativa, o ser humano, levado pela lei do menor esforço, tende a fugir dele e afastar-se das dificuldades, caminhando perigosamente para a acomodação, para a estagnação e a morte.

Nesta civilização, as necessidades de sobrevivência são muito reduzidas, se comparadas com as da civilização da carência.

Gozam de tranquilidade natural, tanto no interior (não existe a propriedade privada, não há portanto perigo) como exterior (sem preocupações com alimentação e moradia), visto que não sentem insegurança.

Vivendo desta forma, com os sentidos em repouso, expande-se a PES (Percepção Extra Sensorial), em busca de um potencial maior, exploram os caminhos que possam levá-los ao encontro de algo maior, aliado a sua ingenuidade: eles são facilmente sugestionáveis são seduzidos, entrando assim nos domínios do sobrenatural, mágico e as doutrinas místicas. Sendo especialmente crédulos, está explicado porque as civilizações da carência triunfaram nos processos de escravização e colonização destes povos.

No Brasil, os centros de Umbanda, Candomblé, procissões católicas e centros Kardecistas, possuem especial assistência dos descendentes da civilização da abundância, qua canalizam assim a sua paranormalidade.

Se por um lado não são aficionados ao trabalho, pelo outro tem um profundo senso comunitário e ajudam aos semelhantes. Também são muito alegres, não existe motivo para preocupação, participam de festas intermináveis, vivem as eternidades do presente.

ERA DOS MÚSCULOS

A serviço da necessidade básica de todo ser vivo: a sobrevivência, o ser humano se destacou do resto dos seres vivos por causa de uma destreza incomum, o uso das mãos. A força muscular pode então ser modelada e colocada a serviço das necessidades diárias. Era o trabalho árduo que diariamente permitia modelar matérias primas a efeitos de serem mais úteis e confiáveis.

Ao longo de milhares de anos, o bicho homem dependia de sua força muscular para garantir a sua sobrevivência e da sua prole. A mulher, com menor massa muscular ficou então com a guarda dos filhos e as tarefas domésticas.

A habilidade manual permitiu fazer todo gênero de ferramentas que ajudaram na tarefa diária. E assim, nascerem os ofícios, reservados aos homens, que deviam colonizar seu mundo exterior. A família era então organizada de forma patriarcal, onde o comando era do homem e a mulher era uma servente pronta para receber ordens e agrada-lo.

Se o homem tem as condições naturais, simplesmente por não engravidar, repito para ir às duras tarefas do mundo exterior. Por isso tem a obrigação não o direito a ir buscar comida, agasalho e teto para garantir a sobrevivência da família, atividade que durante milênios sempre exigiu esforço físico e muscular.

Por isso, o homem precisa ser muscularmente forte.

Precisa também ser corajoso, não chorar, ser valente até.

Todas essas atividades do mundo exterior exigem percepção clara e rápida observação funcional e prática, desenvolvendo no homem a inteligência prática.

Assim, o homem tornou-se o líder natural da família.

Hierarquia familiar extremadamente rígida, tudo funcionava como num exército, com funções claramente definidas para cada um. Tanto no plano social como no individual, tudo e controlado pela religião, é ela quem estabelece direitos e deveres e os limites de toda ação humana.

ERA TECNOLÓGICA

Considerando que os artefatos tecnológicos são apenas uma extensão do corpo humano, assistimos ao longo do tempo um permanente evoluir em direção a facilitação das árduas tarefas relacionadas com a sobrevivência do indivíduo, grupo social ou espécie. Na curta história da humanidade a era tecnológica se fez presente a partir do século XIX, quando as máquinas e instrumentos passaram a substituir o esforço muscular dos animais e do ser humano. Podemos dizer que grande parte da humanidade vive na era tecnológica, onde não é mais necessário o uso da força muscular. Embora grande parte ainda reaja condicionada pelas programações da era dos músculos, particularmente os povos das civilizações da carência.

A mulher passa assim, a conquistar o espaço dos homens, sendo a professora na democratização do conhecimento, operária nas fábricas e profissional graduada de excelente qualidade e currículo. As cidades e a tecnologia a afastam da casa e da família, passa então a ser amante ou companheira livre, dona do volante e do próprio nariz.

O papel machista do homem provedor perde força, e está deflagrado um novo conflito entre os sexos, visto que no subconsciente ainda está inscrito que “homem não chora”, “homem tem que ser forte”, “homem tem que ser macho”, “homem tem que ser galo em casa”.

BIBLIOGRAFIA:

GRISA, Pedro A. - Liberte seu poder extra - Ed. Lipappi - Florianópolis, SC.