Suicídio e ideação suicida

É bastante frequente entre os depressivos a ideia de suicídio, quando a pessoa está desalinhada com as leis cósmicas, e os princípios naturais de sobrevivência ameaçados, a vida perde sentido. A ideação suicida entra em ação.

O suicida quer resolver o problema do sofrimento, pensa que matando o corpo acaba com ele. Não sabemos o que realmente acontece após a morte, então é uma incógnita saber o que o suicida ainda vai ter que passar. Sabemos apenas que o suicídio não resolve o problema.

Se a mãe teve ideias ou vivenciou situações que se transformaram em ameaça durante a gestação, o ser em formação passa a se perceber sem proteção, e uma vida sem proteção não tem um futuro melhor do que o presente. A perspectiva de não melhora da vida o deixa sem chances de superar a dificuldade, e como ela é tão dolorosa, a morte passa a ser pensada, planejada e até ser executada.

A ideação suicida tem maior impacto se já houve ancestrais que passaram pela experiência do desejo suicida, do planejamento, da tentativa e/ou do sucesso na tarefa planejada.

A ideação suicida começa com pensamentos aleatórios que nem sequer são percebidos pela função mental consciente, o cansaço físico, mental ou espiritual potência ainda mais a repetição desses pensamentos.

Quem sofre acumula destemperos e tristezas que se tornam em alguns casos a única companhia.

Na medida em que esses pensamentos se tornam automáticos, eles são repetidos de forma consciente e parecem ser a única alternativa que resta.

O passo seguinte é a elaboração do plano de suicídio, tarefa que envolve um aprendizado (com os amigos, com a mídia, hoje facilitado pela internet); buscar os elementos que auxiliem na tarefa (adquirir venenos ou medicamentos, buscar cordas, combustíveis, veículos, explosivos, armas); para depois planejar adequadamente o caminho a seguir para ter sucesso.

É muito frequente que o suicida pare por aí. Se a ameaça a sobrevivência estiver em maior grau que o sofrimento experimentado pelo corpo físico, a proteção da vida prevalecerá.

Mas se a perspectiva de superação do problema não estiver presente nos pensamentos, o passo seguinte pode ser o suicídio.

É frequente verificar no histórico das pessoas depressivas acidentes, afogamentos e experiências limítrofes, o que chama a atenção é que muitos desses incidentes acontecem antes dos dois anos de idade (momento em que a fase consciente aflora), o que leva a suspeita de que a programação atrapalhada da função subconsciente já está agindo em busca dos seus propósitos.

Pessoalmente acredito que a ideação suicida já está presente nos primeiros momentos de vida do depressivo com tendências suicidas.

Existe um caminho de dois sentidos que indica que uma mãe que traz no subconsciente a imagem negativa de família e de filhos, atrai para ela e para o feto em formação uma série de dificuldades:

Toxoplasmose, pré-eclâmpsia, rubéola, sarampo, quedas, tombos, acidentes e até abortos espontâneos. É a mente subconsciente trabalhando para colocar no mundo exterior o que já existe no interior.

A Parapsicologia do Sistema Grisa entende que é o subconsciente da mãe quem produz estes fatos.

O professor Vilson Stolf suspeita que estes acontecimentos podem ter como causa um colaborador insuspeito: o subconsciente do ser em formação, o qual percebendo “insegurança diante do futuro, ausência de motivos para viver”, decide antecipar o final assustador. Se a mente está buscando sempre as ameaças, sabendo que quem busca, acha, o suicida decide então antecipar o final do jogo para evitar maior sofrimento.

Se esta forma de agir se confirmar como correta, o subconsciente do depressivo (e como tal possível candidato a suicida) participa do processo da gravidez e do parto, em algumas ocasiões atrapalhando o resultado (se colocando na posição de sentado, não colaborando na hora de fazer força, se enrolando no cordão, etc.).

E nos primeiros meses de vida pode se envolver em acidentes ou ainda tentativas de suicídio, como pode se entender nos casos de afogamento, onde a criança se afasta da proteção sem perceber os perigos.

A ideação suicida corresponde a um comportamento comum que é o pensamento obsessivo. A função subconsciente ficou amarrada numa situação ameaçadora do passado e vive em alerta permanente. Dispara um pensamento que se torna cada vez mais dominante.

A grande maioria dos seres humanos acreditam nesses pensamentos como algo autêntico, que faz parte deles, quando na realidade esse pensamento é automático, intrusivo, e como tal deve ser considerado.

Este pensamento intrusivo apresenta imagens ou ordens mentais ante cada sentimento ou emoção negativa. Armas apontando para a cabeça; carros se espatifando de preferência contra caminhões para não ter chance de sobrevida; cordas para se enforcar; remédios e venenos; subir em prédios altos para pular; etc.

Em algumas ocasiões o suicida que consegue seu objetivo age com profunda emoção e urgência. Em outras premedita com tanto detalhe sua morte, que tem tempo de escrever testamentos e despedidas.

Dependendo das programações atrapalhadas da função mental subconsciente, pode planejar sua morte de forma a chamar a atenção dos seus familiares e amigos, dando a sua morte os componentes dramáticos do “grand finalle”. Hoje em dia com as facilidades de smartphones, gravar a própria morte ou publicá-la em tempo real já é possível.

Não podemos deixar de lado os terroristas suicidas. O sujeito que pega uma arma para matar, de preferência em massa, expressa nesse ato sua repulsa pela vida (ou pelo sistema no qual se encontra), após o primeiro disparo sabe que já está morto. Aquele que amarra ao seu corpo uma bomba pode pensar que terá um prêmio pela sua atitude: o fim do sofrimento como ele o está vivenciando agora.

Os grupos terroristas em busca de homens bomba apontam suas buscas entre os depressivos e rejeitados pela vida, se for treinado para manifestar exteriormente sua raiva, transforma-se em soldado frio em cumprimento do seu dever.

Se no processo de lavagem cerebral for incluído ideais religiosos ou filosóficos, a pessoa se imola em busca de um sentido transcendente. O que ela buscou ao longo da vida, vá a encontrar na morte.

Alguns deles chegam a transmitir ao vivo este ato repugnante.