SUICÍDIO E QUARENTENA

Aumento de casos de suicídio durante a quarentena

Por todo o mundo, médicos que observaram a situação informam um dado alarmante, obrigados a analisar cada uma das mortes acontecidas em plena pandemia, descobriram muitas coisas que nos ajudam a compreender o funcionamento da mente e do corpo.

No mês de abril, nos EEUU, no pior momento da pandemia, o número de suicídios foi o equivalente ao do ano inteiro de 2019. Pior ainda é que o número de suicídios foi ainda maior que as cifras de mortos pela covid-19. As cifras de suicídios constituem uma informação que se oculta do público, para impedir que os depressivos entendam que o suicídio é “normal”; por isso nunca vamos ter um número definitivo que confirme esta informação.

Analiso aqui alguns fatores que pesaram no mundo para o aumento do número de suicídios. Tenha em conta na hora da leitura que toda ameaça a sobrevivência (real ou imaginária) coloca em funcionamento uma resposta da função mental subconsciente que busca proteger o ser humano da ameaça, e nestes casos a resposta se simplifica: fugir (se fechando no quarto) ou atacar (tendo as reações que já conhecemos como descontrole). Se a ameaça continua latente o indivíduo pode perder seu controle mental, ou tentar a fuga definitiva da vida: o suicídio.

velório durante quarentena
velório durante quarentena

Fator 1: a ameaça de morte pelo covid-19, potencializada por meio da mídia, das decisões dos governos e da desinformação generalizada que tomou conta do planeta na certeza de um desastre sanitário;

Fator 2: a insegurança provocada pela incerteza de poder conservar a fonte dos recursos mínimos para a sobrevivência. Ter fonte de ingressos, mesmo que sejam mínimos permite ter a mente calma e confiar num futuro melhor, a esperança é a última que morre, quando ela falta nada faz sentido;

Fator 3: o contato com as outras pessoas, tão necessário para aumentar a alegria e o bem—estar foi suprimido. O semelhante se transformou numa ameaça;

Fator 4: as liberdades individuais (embora relativas) simplesmente foram suprimidas, e convenhamos que acreditamos até o começo da quarentena sermos livres, não ser livre é uma ameaça a sobrevivência;

Fator 5: aqui no Brasil, assim como nos EEUU reina o enfrentamento de fações antagônicas que lutam pelo poder, criando mais confusão. O indivíduo não sabe o que fazer: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

E o ser humano não foi feito para se esconder na caverna, ele precisa sair, interagir, tomar ar, falar com outras pessoas.

Então o depressivo, tem duas alternativas:

  1. Fugir da vida, se fechando ainda mais no seu quarto ou provocando a própria morte para antecipar o fim do sofrimento.

  2. Partir para o enfrentamento, conforme estamos vendo por meio de episódios de revolta popular.

Compreenda quem está sofrendo ainda mais com esta situação. Desligue a tv, pense em coisas boas, visualize o fim da ameaça, fale com quem está solitário, esteja a serviço, SE CUIDE E CUIDE DOS OUTROS. Os animais mais competitivos na natureza são aqueles que se associam para o bem comum.

Seja parte da solução e não do problema. Na vida não existem problemas, apenas oportunidades.